A
verdade é que muitos cristãos já acham que fazem muito por amor a
Deus, já são bastante devotos ou
praticantes de sua fé, esses são os mais difíceis de dar qualquer
orientação que seja, mesmo que seja orientação à luz da palavra
de Deus. Orientação dada até mesmo por um sacerdote, já dizem
logo que o padre se acha ‘santo demais’, ‘exagerado’,
‘ninguém consegue fazer conforme esse padre orienta nos tempo de
hoje’, desculpas são o que não faltam para que não reconheça
que ainda há o que melhorar.
Todos
os dias aprendemos algo novo em nossa vida, por mais simples que
seja, aprendemos. Quando temos a oportunidade de melhorarmos em algo
no trabalho, seguimos a risca toda e qualquer orientação de quem
nos ensina, por quê no pessoal temos tanta dificuldade em
reconhecermos que podemos melhorar e no profissional não?!
Certa
vez ouvindo uma pregação do Anderson Reis, ouvi muitas verdades
sobre a diferença entre: Quando
fazermos algo visando o nosso exterior e quando visamos nosso
interior. É como se o nosso exterior devesse ser impecável e nosso
interior pudesse ser de qualquer jeito, do jeito que der, sem zelo ao
cuidar da nossa essência, nossa alma.
Nesse
tempo que vivemos a quaresma, se falarmos em jejum, abstinência de
carne e a intensificação das orações, irão aparecer pessoas que nem cristãs são dizendo
que não precisa disto, que não passa de um exagero, outros que
aparecem dizendo que Deus 'só quer o coração', citam até a
bíblia para que você não faça o que eles não tem coragem de
fazer. O argumento mais usado é “o melhor jejum é da língua,
passa o ano todo falando mal dos outros e na sexta não comem carne
porque é pecado”, concordo, isso é errado, não seria melhor orientar a pessoa a fazer o jejum da língua e da carne, em vez de
tirá-lo da sua tentativa de mortificação a Deus?! Porque é mais
prazeroso criticar e apontar o erro que indicar o acerto. Não
sejamos esse tipo de pessoa! Que acha a dieta uma atitude louvável
para deixar o corpo escultural mas, acha o jejum sem sentido porque
ele só nutre a alma. Aqui me refiro quando se trata apenas da
estética e não da saúde.
Alguns
jovens não entendem por exemplo: Que diante do Santíssimo Sacramento
no altar, deve-se ter profunda contrição, silêncio de adoração,
ali para nós que cremos, Jesus está Vivo na Eucaristia. Não é
grupo de oração, não é momento para euforia, é momento de
contemplação. Talvez por falta de uma boa catequese, alguns jovens
ainda não tem esse entendimento claro dentro de si e quando recebem
uma orientação, já chegam dizendo que adoração não deve ser com 'cara de velório', aí se percebe o quanto o
silêncio é mal visto e mal entendido dentro de nossas pastorais e o
quanto é difícil orientar quem já se acha superior à orientação recebida. Que bom seria
se aprendêssemos a silenciar como Nossa Senhora, como já dizia
Santa Elisabeth da Trindade "A alma necessita de silêncio para
adorar".
Temos
que pedir todos os dias à Deus sabedoria, mansidão e muita humildade
para entender que temos muito o que aprender.
“
O que temos de fazer para
vencer a fraqueza da alma? Existem dois meios para tal: a oração e
o desprendimento de si mesmo.”
-
São Maximiliano Maria Kolb
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