Por que temos a impressão que os homens antigamente eram mais inteligentes?

 

Sempre quando vamos ingressar em uma vida de estudos, deparamo-nos inevitavelmente com os homens mais velhos, sejam eles vivos ou que já nos deixaram. Quando nos aprofundamos cada vez mais em suas obras que ecoam pela eternidade, notamos um mar infinito de conhecimento, que obviamente parece não haver fim. Quanto mais buscamos e mais aprendemos, mais notamos que a inteligência e sabedoria daqueles que, mesmos distantes tanto cronologicamente quanto fisicamente, foram e são tão sábios que somente viver em uma mesma época que eles, é uma honra para nós. Dentre eles podemos citar o grandíssimo professor Olavo de Carvalho (@oproprioolavo) e um que nos deixou não tão recentemente o Sir Roger Scruton, também não deixando de fora um que particularmente admiro, o Jordan B. Peterson (@jordan.b.peterson). Aqui não citarei os óbvios que são a base de tudo, como Sócrates, Platão e todos os outros que para citá-los levaria quase um dia, quiçá mais.

Agora o que esses homens tem de incomum? O que eles tem de tão especial que conseguem de maneira tão fabulosa, transmitir o seu conhecimento de uma maneira tão maravilhosa e criar obras tão magníficas ao ponto de passar décadas e ainda serem lidas? Resumidamente a busca pela verdade. Muitos dos marcados aqui, falam abertamente sobre como tornar-se alguém melhor na área dos estudos, mais enfaticamente – Tornando até mesmo cansativo, porém necessário – o professor Olavo, a principal atitude que eles tem é: Ler todos os autores sem o julgamento prévio do que eles dizem apenas por serem quem são, onde de fato buscar a entender o que eles querem dizer, para que assim após isso você possa fazer seu julgamento, baseando-se em argumentos lógicos. Trazendo em um contexto prático, você não pode julgar os comunistas e lutar contra se não conhece o que de fato é o que eles defendem (lembre-se que aqui não é no sentido literal, mas no sentido acadêmico e intelectual), aqui cito especificamente debates e afins, o que é um problema sério da nossa atual juventude onde leem sobre nada, estudam sobre nada mas opinam sobre tudo.

O A.D. Sertillanges em seu livro “A vida intelectual” cita: Uma real vocação não se satisfaz com tão pouco; considera tudo que adquiriu como um ponto de partida.

Isso é interessante de se pensar, Um homem como o Sertillanges falando que o intelectual que detém a real vocação, acredita que tudo que conseguiu até o momento, é um ponto de partida. O que me fez lembrar de muitos debatedores de internet, que leem um ou dois livretos e já saem por ai dando palpite como se fosse o novo “Olavo”, sempre usando chavões difíceis e ainda por cima, escrevendo 3 linhas de maneira tão fantasiosa que na verdade, o que se extrai da informação principal, seria metade de uma linha. Tudo isso seria facilmente evitado, se tivessem levado ao pé da letra o que foi dito por quem consideramos “os grandes” citado anteriormente.

Muitos perguntam sobre livros para lerem para refutar os comunistas nas faculdades ou seus professores comunistas e muitos se assustam quando indico o próprio livro de Karl Marx, mas isso deveria ser o óbvio, você não consegue argumentar logicamente sobre aquilo que não conhece. Onde o que deveria ser o obvio, no Brasil precisa ser dito e desenhado. Você não consegue dirigir um carro sem antes aprender o básico e ver como funciona o carro, não é mesmo?

A humildade para aprender deve ser praticada e não chegando para julgar o autor como se você fosse um verdadeiro juiz preste a condená-lo à cadeira elétrica.

Quando nos deparamos com uma simples atitude citada por grandes autores, como o Olavo, dizendo “apenas” para ler o autor que também não gostamos (como o Karl Marx) ou apenas que não compactuamos com suas ideias, podemos pensar que isso é simples, “vamos apenas ler e ver o que ele tem a dizer”, mas por experiência própria, não é algo tão simples, porém absurdamente necessário para uma vida de estudos. Isso também é algo interessante de se pensar em um aspecto: Você estará intelectualmente aberto para aprender com quem pensa diferente ou até mesmo contrário de você. Para que assim, possa refutar ou mudar de ideia. Coisa que acabou no meio acadêmico atual. Infelizmente se você se diz conservador em majoritariamente das universidades públicas, você provavelmente será linchado socialmente ou fisicamente, se não conseguirem a segunda, irão pela primeira alternativa (vide ai o @felippe_chaves fundador do @furia_e_tradicao), isso tudo seria evitado se tivessem escutado e seguissem a risca a simples e tão necessária atitude de ler e escutar as pessoas quem pensam contrário de você.