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Hoje em dia é cada vez mais comum ouvir mães dizerem para suas filhas frases como: “Pode contar comigo pra tudo, me veja como amiga”, “ Minha filha me trata como amiga, somos inseparáveis”, “Ela me trata como se fosse as colegas dela”. Frases como essas podem parecer modernas e bastante atuais para algumas mulheres que acham isso até admirável, porém o que devemos nos atentar não é as frases em si que aparentemente não tem nada demais, mas o que tem por trás de cada frase.
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Geralmente essas mães descoladas que se dizem amigas das filhas como se fossem as próprias amigas adolescentes, tratam animais de estimação como filhos e os filhos como amigos. É excepcional ter uma boa relação com os filhos, porém mais importante que isso é lembrar que você tem o papel de mãe a exercer que vai no contraponto da amizade que você pretende construir. Explico, quando uma adolescente procura uma amiga, ela quer uma cúmplice de aventuras, alguém que guarde segredos, alguém que não lhe dê lição de moral por algo errado que por ventura venha a fazer. Quando uma adolescente vem até sua mãe ela procura na maturidade refletida nela algo além de consolo, procura aconselhamento, procura alguém que possa lhe direcionar nas decisões certas que deverá tomar na vida. Naturalmente a mãe entende melhor as meninas que o pai, por isso as confidências são feitas para as mães com mais facilidade, mas nunca isso deve ter carácter de segredo, diferente do que acontece com as amigas.
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A mãe que está disposta a ser amiga da filha, está abdicando do papel nobre da mãe educadora, as vezes pode ser chato ser vista como careta, estraga prazeres e desatualizada pela filha adolescente, porém é pior errar na vocação dada por Deus as mães, que vai muito além de qualquer laço de amizade. Sua filha pode e deve ter amigas de verdade, aquelas que contamos nos dedos, mas por boas que sejam, não vão substituir a mãe que não permite que a filha se aproxime de algo que possa lhe causar mal, tirar-lhe dos caminhos de Deus. Seja próxima da sua filha, converse, ajude, mostre-se à disposição, sem deixar a figura materna de lado, mãe só temos uma, amigas não. O que pode acarretar em muita “amizade” é você perder a autoridade que havia outrora e ser tarde demais para recuperá-la.
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Seja mãe, a melhor que conseguir ser com a graça de Deus e ajuda de Nossa Senhora, ensine valores, o certo e o errado, não abra mão da obediência de seus filhos e muito menos de dar os “sermões” que eles não gostam de ouvir mas que são necessários para que sejam GENTE de verdade.
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Santa Mônica tinha três filhos e passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso, envolveu-se em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos; e, antes de morrer, em 387 d.c., ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!
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